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Festival Aldeia do Velho Chico 2013 – Petrolina-PE


Fim de Semana de Muitas Histórias!

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Ainda no clima do Dia do Folclore, no Sábado (31/08) de manhã, vou levar pra garotada da Vila & – Diversão Inteligente um monte de Lendas e Brincadeiras Folclóricas! No mesmo sábado, e no domingo também, sempre às 16h, eu e Milla Bigio estaremos contando e cantando histórias com o nosso projeto, Cordel Animado, na Praça do Arsenal, durante o Festival A Lera e A Voz. Não tem desculpa pra ficar em casa, hein???

vila 7 31-08


Dia Mundial da Alfabetização – Matéria na Folha de Pernambuco

Cordel Animado na Bienal do Livro – 2013

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TODOS os dias, manhã e tarde, na Bienalzinha! Não dá pra perder! Muita história, literatura de cordel, e é claro: diversão!

 

bienalzinha pgm


Feliz dia dos Professores!!!

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Aos professores, formais e informais, mestres de todos os tipos que passaram pela minha vida: Obrigada!

Em sua homenagem deixo aqui um singelo poema que escrevi e um vídeo, que tive a honra de poder produzir junto ao Sindicato dos Trabalhadores da Educação de PE.

“As palavras que eu escrevo no poema
Já não se mostram capazes de expressar
‘gratidão’ será tão pouco pra falar
e traduzir a grandeza deste tema
o Saber que existe além do teorema
transmitido aos alunos com louvor
das metáforas da vida, um mentor 
Poesia para muito além do Verso
a Ciência muito além do Universo
Se alcançamos foi graças ao Professor!”

 

 


Micro manifesto pela autonomia da infância

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Foto de Jonas Araújo

Foto de Jonas Araújo

                                    

 

criança não é um adulto pequeno.

A criança produz significado, e, assim,

produz também cultura.

                                                                                                                        

brincadeira é a sua linguagem, seu dialeto.

A criança precisa ser reconhecida como indivíduo,

sujeito criador e atuante no mundo.

 

A criança deve ser protegida, mas acima de tudo,

respeitada.

 

Mariane Bigio, Fevereiro de 2013.


Adivinhas de Natal em formato de Cordel!

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Xilogravura Árvore de Natal

 

 

Desde o lançamento da Coletânea “O Que Sou Eu?” de cordéis infantis para ler e colorir que  volta e meia trabalho a junção do Cordel com as Adivinhações para criar Histórias Infantis. Desta vez, eu e minha amiga e grande parceira, a também cordelista Susana Morais, fizemos juntas algumas estrofes com tema natalino. Posto aqui uma parte das estrofes que criamos e que deve virar um folheto de Cordel dentro em breve… quero ver se vocês adivinham… Feliz Natal!!!

 

Ele traz a alegria

pra este mundo cruel

distribui a esperança

vem voando pelo céu

sempre cheio de presentes

ele é ______?

 

Não é carro nem foguete

não faz fumaça nem pó

papai Noel no comando

guia mas não está só

renas puxando com força

seu transporte é o ______?

 

Puxo o trenó do Noel

Toda vez que ele ordena

Eu ajudo no Natal

Vivo em alegria plena

Sou um animal veloz

Todos me chamam de _______?

 

Nem sempre sou de verdade

Eu sou artificial

Fico sempre enfeitada

Você não acha outra igual

Eu sou verde ou colorida

Sou a  ______?

  

Ela tem que estar limpinha

Sem chulé e nem areia

Quando for tarde da noite

Depois de comer a ceia

Noel deixa um presente

Lá dentro da nossa _______?

 

 


Feliz Ano Novo!

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Pois é, gente! Janeiro começou com tudo!

Semana que vem tem o Festival de Música para Criança, lá no Shopping Guararapes!

E aos papais que estão procurando Colônia de Férias, eu e Milla Bigio (Cordel Animado), estaremos na semana de 20 a 24/01 na colônia do Pequeno Brincante – Festas e Histórias (Imbiribeira), como muita literatura, música e brincadeiras tradicionais pra garotada!

Cartaz

 

colonia pequeno

 

 

 

 

 



Vez por outra sou dada à síntese – poemínimos

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livro mínimo

Vim do Cordel. Comecei assim. 30 estrofes ou mais. Uma arte de contar história em verso rimado e metrificado, ritmado, cantado mesmo. Mas aí me vi dizendo tudo o que queria com uma estrofinha de nada. Tudo. Poemínimos, poemetos, curtos, de longo alcance, calibre fatal. O ano começou e já soltei alguns por aí. Achei por bem reuni-los, pra ver se juntos dão dez linhas ou mais. Nem sei.

 

Do amor

 

É tão simples:

história é trama

feita de nós.

*

À Moda Antiga

 

Entreguei meu corpo à palavra.

Fui forçada a me casar com ela

no papel.

*

Consideração I – Vestígios

 

O vestígio é cruel e maligno.

É permanecer depois da partida.

Estar, mesmo ausente.

É a ponta da tinta velha que aparece na parede pintada de nova.

É o mata-leão na derradeira tentativa de recomeçar.

 

Se tiver que ir, vá.

Sem vestígio algum.

*

Consideração II – Vestígios

 

Não fossem os vestígios não haveria história alguma.

Ái do perdão se não houvesse a mágoa.

 

Se tiver que ir, vá.

Eu me perdôo.


A Bagunça dos Brinquedos – Literatura de Cordel para Crianças

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No baú da minha casa

Escutei um burburinho

Parecia uma conversa

Fui chegando de mansinho

E colei o meu ouvido

Na tampa do bauzinho

 

Então abri uma brecha

Para poder descobrir

O que estava acontecendo

Para ver além de ouvir

E pensei comigo mesma:

“O baú eu vou abrir!”

 

Qual não foi minha surpresa

Quando vi a discussão

Entre um monte de brinquedos

Na maior agitação!

Uns gritavam, outros riam

Era grande a confusão!

 

Logo vi Mané Gostoso

Fazendo uma estripulia

Dizendo: “sou acrobata!

Muita gente me aplaudia!

Posso até virar atleta!”

E alguém gritou: “mái pia!”

 

Depois o Pião falou:

E eu sou equilibrista

Rodo, rodo e não caio

Sou melhor e não insista

Nessa caixa de brinquedos

Eu sou verdadeiro artista!

 

A Peteca remendou:

“Eu sou bem mais divertida!

Pulo de uma mão pra outra

Tenho penas coloridas

Nunca canso de brincar

Tenho fama merecida!”

 

Depois veio o Iôiô

Com a fala repartida

Subia dizendo coisa

Completava na descida

Eu que nunca tinha visto

Uma coisa parecida:

 

“Pois comigo

.[a criançada

Tem que ter

.[habilidade

Sou brinquedo

.[que de todos

É o que tem

.[mais qualidade

Pra brincar

.[tem que treinar

Não importando

.[a idade!”

 

O Rói-rói já se roía

Pra falar desaforado

E então soltou o verbo

De um jeito malcriado:

“Eu sou quase um instrumento!

O meu jogo é musicado!”

 

E por fim o Cata-vento

Com frases assobiadas:

“A beleza que eu tenho

nunca vai ser comparada

a criança que me sopra

fica logo deslumbrada!”

 

Então tive que intervir

E dar minha opinião:

“Ei vocês, estão me ouvindo?

Eu falo de coração!

Todos são muito queridos

Prestem muita atenção!”

 

“Não há como comparar

Cada qual tem o seu dom

Não existe essa coisa

De um ruim e outro bom!”

Acho que eles entenderam

E abaixaram logo o tom

 

Começaram a sorrir

E disseram: “Obrigado!”

Eu fiquei ali brincando

com o baú encantado

Como se naquele instante

O tempo houvesse parado!

 

 


Lampião, lá do Sertão!

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lampião e maria

 

“Bem no meio da Caantiga

E não falo do “fedô”!

Pois entendam que esse nome

(Seu menino, seu “dotô”)

é dado à vegetação

que cresce lá no Sertão

onde a história se “passô”

 

E foi em Serra Talhada

Num canto desse Sertão

Que nasceu um cangaceiro

O seu nome: Lampião

Para uns muito malvado

Para outros um irmão

 

Ele era muito brabo

Tinha muita atitude

Alguns dizem, hoje em dia

Que ele era o Robin Hood

Roubava do povo rico

Dava a quem só tinha um tico

De dinheiro e de saúde

 

Ou talvez fosse um pirata

Mas não navegava não

Ele tinha um olho só

Também era Capitão

Comandava o seu bando

Com muita satisfação

 

O cabra era tão raivoso

Que se um pedacinho entrava

De comida entre os dentes

E muito lhe incomodava

Ele pegava um facão

E fazia uma extração

Que nem o dente sobrava!

 

E esse homem tão temido

Também tinha sentimento!

Um dia se apaixonou

E pediu em casamento

A tal Maria Bonita

Que lhe deu consentimento

 

Ela também era braba

E andava no seu bando

Demonstrou que a mulher

Também tem força lutando

e seguiu o seu marido

mundo afora, caminhando

 

Entre uma batalha e outra

Lampião se divertia

Gostava duma sanfona

E dançava com Maria

Seu bando fazia festa

Até o raiar do dia

 

Ele dançava forró

Xaxado e também baião

Gostava era das cantigas

Das noites de São João

 

Numa noite de Luar

Bem cansado de fugir

Da polícia que jamais

Cansou de lhe perseguir

Lampião olhou pro céu

Cantou antes de dormir:

 

“Olha por Céu meu Amor.

Vê como ele está lindo…

Olha pra aquele balão multicor

Que lá no céu vai sumindo…”

 

E assim adormeceu

Junto da sua Maria

A polícia os encontrou

Logo cedo no outro dia

 

Foi cantando uma cantiga

Sobre o céu do seu rincão

Que se despediu da vida

O temido Lampião

Que faz parte da história

e hoje vive na memória

de quem é da região

 

E é cantando esta canção

que eu encerro a poesia

de uma história que falou

de tristeza e alegria

vamos continuar no xote

me despeço com o mote:

Adeus, até outro dia!”

 

Um Cordel escrito com leveza, para iniciar a história de Lampião e Maria Bonita para a garotada! Optei por misturar estrofes em quadras, sextilhas e setilhas, pra ficar mais diverso, e no texto ainda deixo no ar um convite pra todo mundo cair na dança, que já já é São João!

 


Dentro do bucho: um bicho!

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O menino já dormia

Quando a barriga roncou

Um ronco daqueles altos

Que de fora se escutou

Num instante abriu os olhos

Num instante despertou!

 

Teve um medo muito grande

Era um ronco monstruoso

Se o menino era valente

Transformou-se num medroso

Sua barriga doía

Que momento tenebroso!

 

O barulho não parava!

E o menino então pensou

Que um bicho de outro mundo

No seu bucho se instalou

Talvez o Monstro do Armário

Que de noite se mudou!

 

Ou talvez, pelo tamanho

Fosse um Duende malvado

Que gostasse do escurinho

do intestino delgado

E a dor logo aumentou

E o deixou mais preocupado…

 

Ou quem sabe, nesse caso

Fosse o Bicho-papão

No estômago hospedado

Esperando, sabichão

Que o menino abocanhasse

Um pedacinho de pão!

 

O ronco ficou mais alto

E o menino decidiu

Não ia ficar parado

Foi aí que ele agiu

Com coragem gritou: mãe!

E alguém logo lhe acudiu

 

 

A mãe veio esbaforida

Perguntando o acontecido

E o menino lhe explicou…

Com seu jeito enternecido

A mamãe lhe preparou

Um leitinho aquecido

 

Depois de virar o copo

O menino agradeceu

E percebeu que o monstro

Logo, logo adormeceu

Então a mãe explicou

O que ali aconteceu

 

“Meu querido tenha calma

O seu monstro tem um nome

Esse ronco na barriga

Vem quando a gente tem Fome

E somente vai embora

Depois que a gente come!

 

Por isso que comida

Não podemos estragar

Mesmo que ela nunca falte

É feio desperdiçar

Pois tem gente que tem fome

E não tem o que lanchar

 

Imagine as pessoas

Que não tem o que comer

Que são muito, muito pobres

Como elas devem sofrer!

Nelas o monstro não dorme

Ronca, ronca e faz doer!”

 

O menino abraçou

A mamãe, tão cuidadosa

E falou sem perceber

De maneira caridosa:

“Era bom que não houvesse

Essa fome, horrorosa!

 

 

Eu já sei, tive uma idéia!

Nós podemos emprestar

Um pouquinho da comida

Para alguém que precisar

E um dia, o Bicho-fome

Poderemos derrotar!”

 


Junho a todo vapor!!!

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Vai ter muita poesia, história, cordel e diversão este mês, sabiam? Apois se liguem!

- Temporada no Shopping Recife!

A partir do dia 30/06 eu (cordéis, jogos e cantigas), Milla Bigio (zabumba, pandeiro e bagunça) e Samuel Lira (sanfoninha, flauta e escaleta), faremos a farra toda sexta, sábado e domingo, com 3 sessões do espetáculo de Contação e Cantação de Cordéis e Cantigas, entre 14h e 16h, no Arraial dos Matutinhos, lá no Shopping Recife! Pense que esse trio vai botar pra quebrar!

 

- Cordel Animado no Clube 17!

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- Histórias, Músicas e fogos de artifício na Vila 7 Graças! (Ingressos limitados)

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Cordéis para Cantigas

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É sempre bom recitar um cordel e cantar uma cantiga popular. É uma delícia quando o tema de uma história casa com uma música… versos dos dois lados, cada qual com sua melodia, e no final das contas, é tudo poesia! Pensando nessa ideia, escrevi um primeiro cordel do que pretende ser uma série deles, “Cordéis para Cantigas”, onde os cordéis são escritos a partir de uma cantiga popular.

Este primeiro título foi feito a partir da cantiga “Chapéu de Três Pontas“. Será que a garotada vai gostar?

chapéu de três pontas

Um cordel para muitos chapéus

Tem chapéu de toda sorte
Pra gente usar na cabeça
Se o Sol estiver forte
Ou mesmo que anoiteça!

Ainda que não pareça
Cada chapéu tem história!
Um dono que o mereça
E o deixa cheio de glória!

Tem um chapéu bem pontudo
Que quem usa é a bruxa!
Tem um que dobra e tudo
Outro que estica e puxa…

Tem chapéu de cangaceiro
Quem usou foi Lampião
O cabra era encrenqueiro!
Gostava de confusão!

Sem falar Napoleão
Com seu chapéu tão lembrado!
Montado num alazão
Cantando Marcha Soldado!

Tem chapéu de marinheiro
Que navega pelo mar
Tem chapéu de cozinheiro
Que gosta de cozinhar

E se você for pescar
Pode usar chapéu de palha
Quando o calor esquentar
A sombra não atrapalha!

Tem chapéu de Mexicano
que tem nome de “sombreiro”
É de couro, e não de pano
O chapéu lá do vaqueiro!

O coelho sai inteiro
De dentro de uma cartola
O mágico é bem faceiro
Tem varinha, luva e gola

Tem um chapéu bonitão
Que cowboy gosta de usar
Grita “segura peão”!
E começa a cavalgar

Charles Chaplin tão famoso
Usava seu chapéu côco
Dançava muito charmoso
E brincava feito louco!

Pra quem gosta de andar
De bicicleta ou a pé
Pra jogar e pra brincar
O chapéu é o boné!

Tem chapéu que tem três pontas
De curinga ou arlequim
E que no final das contas
É o mais belo para mim!


Marmelo, o Jacaré Banguelo!

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Marmelo

Essa histórinha de cordel foi inspirada por um simpático casal de mamulengos que encontrei na FENEART e uma Xibana, que deveria ser uma cobra, mas se parece muito com um jacaré sem dentes! Apois!

 

Um rapaz muito sabido

De codinome Zezinho

Apaixonado arriou-se

Pela filha do vizinho

Pediu socorro ao amigo

Um belo jacarezinho

 

“Marmelo, meu caro amigo”

Disse ele ao jacaré

“Me ajude por favor

Conquistar essa muié

E se acaso eu conseguir

Eu te pago um picolé!”

 

O jacaré em questão

Era doidinho por doce

Não gostava nem de carne

E adorava algodão-doce

E se visse um picolé

Virge maria, cabosse!

 

Também era inofensivo

Pois não tinha um só dente

de tanto chupar confeito

sua boca ficou doente

Assim ele não mordia

nem animal e nem gente!

 

“Nosso plano é o seguinte:

Você irá atacar

A moça durante a noite

E eu venho pra salvar

Feito um herói valente

E seu amor conquistar

 

Você se finge de morto

Ou então pode fugir

Mas não esqueça uma coisa

A boca não pode abrir

Pois se você fizer isso

tudo ela vai descobrir!”

 

E assim eles fizeram

Lá se foi o jacaré

Entrou correndo na casa

A moça estava de pé

Deu grito e defendeu-se

E nem precisou do Zé!

 

Com um cabo de vassoura

Ela bateu no bichinho

Que num berro abriu a boca

“é banguelo, o coitadinho!”

E o jacaré gritou:

“foi ideia do Zezinho!”

 

O rapaz explicou tudo

Mas moça não gostou

E foi pelo jacaré

que ela se apaixonou

o Zezinho fez de tudo

só que nada adiantou

 

ela cuidou do bichinho

que levou uma paulada

levou ele no dentista

fez uma “chapa” arrumada

e o Zezinho até hoje

procurando namorada

 

E assim essa história

Teve um final singelo

O rapaz se achando esperto

perdeu tudo pro Marmelo

E a moçinha se casou

Com o Jacaré Banguelo!



Cordel Animado no Youtube!!!

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Novidade no ar! O PRIMEIRO VÍDEO do nosso canal do Cordel Animado está disponível! A primeira de muitas #históriasartesanais que virão! Assistam, mostrem aos seus pequenos, compartilhem, divirtam-se! A primeira história lançada é o Cordel “Marmelo, o Jacaré Banguelo!”, com utilização de mamulengos! Fiquem ligados no nosso canal do Cordel Animado no Youtube pra não perder nenhum lançamento!

 


A criança não deve trabalhar / A criança é quem deve dar trabalho!

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Foto feita por Janela Estúdio durante a nossa apresentação no Festival Conte Outra Vez - 2014

Criança é feita pra brincar! Essa foto linda foi feita pelo Janela Estúdio durante a nossa apresentação no Festival Conte Outra Vez – 2014, no Teatro do IMIP, em Recife-PE.

A poesia popular é mesmo um encanto! Quem sabe o que é mote? O mote está para a poesia popular como o refrão está para a música. São versos que se repetem a cada estrofe. Inspirada na música “Criança Não Trabalha” do grupo Palavra Cantada (Letra de Arnaldo Antunes e Paulo Tatit) criei o mote: A criança não deve trabalhar /A criança é quem deve dar trabalho! e glosei* algumas décimas** em versos decassílabos***

 

Eu acordo bem cedo pra escola
Tomo banho com muito contragosto
Mas até despertava bem disposto
Se dissessem que é para jogar bola
Minha mãe já resmunga “não enrola!”
E na cama espreguiço, me espalho
No lençol me aninho, me agasalho
O meu pai diz “tu vai te atrasar!”
A criança não deve trabalhar
A criança é quem deve dar trabalho!

Eu adoro brincar com melequeria
Misturar o sabão com água e terra
Depois disso fazer a maior guerra
Molhar os meus amigos com mangueira
Cozinhar só se for de brincadeira
De mentira um cuscuz com queijo coalho
Minha sopa não leva sal nem alho
Mas tem tudo que eu possa misturar
A criança não deve trabalhar
A criança é quem deve dar trabalho!

Gosto de imaginar que estou no mar
Quando sento e balanço lá na rede
Ja pintei com o giz toda a parede
Mas não faço mais pra ninguém brigar
Travessuras eu gosto de aprontar
Dessa arte eu entendo e nunca falho
Já menti mas eu sempre me atrapalho
É melhor a verdade revelar
A criança não deve trabalhar
A criança é quem deve dar trabalho!

Faço birra se é pra tomar remédio
É tão chato ficar aqui deitada
Então tomo para ficar curada
E assim acabar com esse tédio
Vou brincar com as crianças do meu prédio
Mas na hora do banho eu pego atalho
E pra que tomar banho? logo ralho
Porque tenho que parar pra jantar?
A criança não deve trabalhar
A criança é quem deve dar trabalho!

Minhas roupas só vivem no varal
Elas sujam com tal facilidade
Acho que são roupas sem qualidade…
Só por causa da lama no quintal?
Minha calça rasgou lá no final
Minha avó remendou com um retalho
Fui pra escola igual a espantalho
Com um peido ela pode se furar
A criança não deve trabalhar
A criança é quem deve dar trabalho!

 

*glosar: estilo da poesia popular nordestina no qual os poetas (principalmente cantadores) desafiados respondem a um mote criando uma ou mais décimas;

**décimas: estrofes de 10 versos;

*** decassílabos: versos com 10 sílabas poéticas;

 

pra quem não conhece a música que inspirou a poesia… lá vai:


Adivinhas de Natal em formato de Cordel!

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Xilogravura Árvore de Natal

 

 

Desde o lançamento da Coletânea “O Que Sou Eu?” de cordéis infantis para ler e colorir que  volta e meia trabalho a junção do Cordel com as Adivinhações para criar Histórias Infantis. Desta vez, eu e minha amiga e grande parceira, a também cordelista Susana Morais, fizemos juntas algumas estrofes com tema natalino. Posto aqui uma parte das estrofes que criamos e que deve virar um folheto de Cordel dentro em breve… quero ver se vocês adivinham… Feliz Natal!!!

 

Ele traz a alegria

pra este mundo cruel

distribui a esperança

vem voando pelo céu

sempre cheio de presentes

ele é ______?

 

Não é carro nem foguete

não faz fumaça nem pó

papai Noel no comando

guia mas não está só

renas puxando com força

seu transporte é o ______?

 

Puxo o trenó do Noel

Toda vez que ele ordena

Eu ajudo no Natal

Vivo em alegria plena

Sou um animal veloz

Todos me chamam de _______?

 

Nem sempre sou de verdade

Eu sou artificial

Fico sempre enfeitada

Você não acha outra igual

Eu sou verde ou colorida

Sou a  ______?

  

Ela tem que estar limpinha

Sem chulé e nem areia

Quando for tarde da noite

Depois de comer a ceia

Noel deixa um presente

Lá dentro da nossa _______?

 

 


Projeto o IPEM Recebe a Escola

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Cordel do IPEM

À convite do Instituto Darwin em Parceria com o Instituto de Pesos e Medidas, o IPEM, recebi a missão de escrever um cordelzinho, e fazer uma maratona de apresentações em 9 escolas públicas da região metropolitana do Recife, levando informações sobre o o papel do IPEM de um jeito lúdico e divertido! Nessa empreitada hora eu estava acompanha por Milla Bigio, ao violão, hora acompanhada pela Rabeca de Thiago Martins… foi um sucesso!

clipping ipem - Diário Oficial

Confiram como ficou o texto do cordel!

Cordel do IPEM –
Instituto de pesos e medidas

“Eu vou falar pra vocês
Sobre fiscalização
Eu vou falar do IPEM
Melhor prestar atenção!”

O que danado é IPEM?
Vocês podem perguntar
É órgão responsável
Que irá fiscalizar
Os pesos e as medidas
Do que a gente for comprar!

Fiscalizando balanças
Para ver se estão corretas…
Calma! Não encolha o bucho!
Nem se finja de atleta!
Balança que pesa gente
Essa aí é diferente!
Ei, galera, fica esperta:

Se você for comprar queijo
E pedir 300 gramas
Sem o selo do IPEM
O comerciante trama
Com balança irregular
Você paga sem levar
E nem nota, nem reclama!

Você acha que comprou
Queijo pra toda semana
Mas o pacote mais leve
Que você levou te engana
O queijo logo se acaba
Sua mãe vai ficar braba
“Vai ter que comer banana!”

Mas se o IPEM fiscaliza
A balança lá da venda
E vê que tem algo errado
Sem conserto nem emenda
Ele leva o equipamento
Multa o estabelecimento
Para que o dono aprenda!

Balança fiscalizada
Pelo IPEM tem o Fiel
(Não é feito namorado
Que promete até o céu!…)
O Fiel é um medidor
Que regula com rigor
Até o peso do papel!

A roupa que a gente compra
Também tem que obedecer
A uma série de critérios
pra ser boa pra você
Etiqueta é obrigação
Pra trazer informação
Isso é bom não esquecer

Se você compra tecido
Pra sua avó costurar
Um vestido bem bonito,
É bom você se ligar
No metro comercial
Que pode não ser igual
Ao que você estudar!

Na escola a gente aprende:
Centímetros contam cem
Para então formar um metro,
Há mais escalas, porém
Verificar a escalas
Será papel do IPEM!!!

Mesmo o botijão de gás
Não é de qualquer maneira
Temos que verificar
Como é sua mangueira
O selo da qualidade
A data de validade
Para não fazer besteira..

‘té na hora de brincar
É preciso segurança
O IPEM vai fiscalizar
Os brinquedos pra criança

tem que ter marca do INMETRO
falando pra qual idade
o tal brinquedo se aplica
atestando qualidade
dos testes que ele passou
pra ter regularidade

Se você for muito chique
Comprou brinquedo importado
E veio tudo em inglês
É melhor tomar cuidado
As informações contidas
Tem que ser traduzidas
Pro idioma falado

Alguém da sua família
Tem moto pra pilotar?
O capacete também
Temos que fiscalizar
ele é fundamental
pra ninguém se machucar

Se em casa tiver carro
e alguém for dirigir
verifique os pneus
antes de andar por aí
e além disso atenção:
cuide da manutenção
para ninguém se ferir!

O IPEM fiscaliza tudo
Não para de trabalhar
O Ipem está na escola
Na farda que o aluno usar
E garante a qualidade
Do Material escolar

Fiscaliza, no São João
Até comida Junina!
no Carnaval: fantasia,
o confete e a serpentina
Até o Ovo de Páscoa
do menino e da menina!

O IPEM não tem descanso
Nem quando chega o Natal!
Checa os enfeites, comidas
Deixando tudo legal
O IPEM está sempre buscando
A QUALIDADE TOTAL!!!


O Mundo Mágico do ABC!!!

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Cordel do ABC

Por esses dias fui incumbida de uma missão muito gostosa de cumprir! Fui convidada para ser mestre de cerimônias de uma Formatura de ABC! Colhi informações e fotos sobre cada formando e preparei um cordelzinho falando sobre as características de cada um deles! O cordelzinho foi lido por mim na entrada deles, foi uma lindeza! No final, as famílias puderam levar os folhetos de lembrança desse dia tão especial! Adorei fazer parte desse momento! Foi uma experiência muito bacana. A capa do cordel é de Marta da Costa Almeida.

Venho lhes apresentar
Essa turma, essa galera
Talento e inteligência
Nesse grupo só tem fera!
Seguem rumo ao crescimento
Através do letramento
O futuro os espera!

A magia do ABC
Começam a desvendar
E são tantas descobertas
Que eles vem compartilhar
Cada um com seu jeitinho
E este cordel com carinho
Vem de cada um falar:

(BEATRIZ)
Com cabelos cacheados,
Lá vem Bia, bem arteira
Ela traz muita alegria
Pra sua família inteira
Veterinária que ser
Cantar também vai querer
Mas que menina faceira!

(CLARA)
Clara contou uma história
Que se passou na escola:
Deu um chute que seu tênis
Voou junto com a bola!
Mas que bela menininha!
O Sorriso de Clarinha
A quem triste está consola!

(DAVI)
É o palhaço da turma
Faz todo mundo Sorrir
De quem eu estou falando?
Mas é claro, do Davi!
A família, agradecida
“Davi” ao contrário é “Vida”
Alegria de sentir!

(FREDERICO)
De cabelos vermelhinhos
De quem falo, quem será?
É o Fred, meus amigos
De Astronauta quer brincar
Mas já disse com fervor:
“Vou ser administrador!”
Pra isso vai estudar!

(GUSTAVO)
Ele adora tia Beth
E por todos tem carinho
Guga um dia vai ser médico
Este é ótimo caminho!
Ele adora estudar
Também gosta de brincar
De pega lá no parquinho!

(JOÃO VITOR)
O John Bala vem aí…
O famoso João Vitor!
Ele é muito divertido
Trata todos com amor
Brinca tanto que faz calo!
E montado num cavalo
Quer ser grande corredor!

(JOÃO XAVIER)
E o João Xavier?
Que gosta da natureza
É muito bem humorado
Faz graça, mas que beleza!
Ele quer ser cientista
Essa é sua certeza!

Se preparem, minha gente
Que três Julias vêm aí
A mais bela eu não sei!
Pois tão lindas nunca vi!
Elas formam esse trio
Que nos versos trago aqui:

(JÚLIA L)
Com um jeito muito meigo
Cabelos na cor dourada
Seus olhinhos, bem verdinhos
Júlia Lins é encantada
A mamãe tanto sonhou
E ela se realizou
Será brava delegada!

(JÚLIA C)
Em cima do seus patins
Ela encontra a alegria
Júlia adora as amigas
E já pensa que um dia
Pode ser nutricionista
Ou talvez ela invista
Em fazer Fotografia!

(JÚLIA C)
Essa Júlia é uma figura
É menina radiante
Gosta de cantar nas aulas
Tenho os cabelos brilhantes
Sua alegria é tanta
Que se faz contagiante!

(LAÍS)
Laís é estudiosa
Orgulho da mamãezinha!
mas também fica feliz
quando brinca de casinha
Quer ser médica e cantora
Seu apelido é Lalinha!

(LUIZ EDUARDO)
Sempre joga Futebol
Dudu é seu apelido!
Na escola a biblioteca
É seu canto preferido
Ele adora fazer conta
E de vez em quando apronta
Mas por todos é querido!

(MARIA ISADORA)
Ela é Isa ou Dodó
Ela sonha em ser dentista
Com sorriso muito largo
Isadora é bem quista
Deste grupo ela faz parte
Gosta da sala de artes
É uma verdadeira artista!

(MARIA LUIZA)
Ela é muito vaidosa
E adora seu cabelo
A família da Malu
Por ela tem muito zêlo
Se ela for pra passarela
Será sempre a mais bela
O seu sonho é ser Modelo!

(ROBERTO)
Ele também tá no time
Dos que sonham em jogar
“Robertinho” e “Futebol”
Sempre dá pra combinar!
Ele é mestre na risada
Toda a turma é convidada
Para com ele brincar!

(SOFIA V)
Ela é amiga dos livros
O Seu nome é Sofia
E como ele mesmo diz
Ela tem sabedoria
Ela adora ser criança
Se vê Chiquititas dança
E vive com alegria!

(SOPHIA E)
Ela adora brincadeiras
E gosta da professora
Sophia é boa filha
E amiga acolhedora
O recreio é diversão
E guarda no coração
O sonho de ser cantora!

(VITOR)
Ele quer ser Jogador
E no futebol é craque
Vitor torce para o Náutico
Não tem nada que lhe aplaque
Sempre depois de estudar
Desce pra brincar no parque

(VITÓRIA)
A Vivi é uma princesa
Apesar de ser traquina
Ela gosta de estudar
Tudo que a escola ensina
Ela é muito divertida
A Vitória é querida!
Vai ser linda bailarina!

Fato já deu pra notar
Que eles não são iguais
Mas nessa diversidade
Compartilham ideais
E quando forem adultos
Serão bondosos e cultos
A exemplo de seus pais!!!


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